Eau de Shalimar x Shalimar Parfum Initial x Shalimar Parfum Initial L’eau

Duas coisas preciso colocar aqui antes de mais nada: agradecer a Ana Cristina, que me enviou amostras dos 3 perfumes desta resenha, e dizer que esta é a resenha de perfumes mais difícil que eu resolvi publicar no blog. Não sei se estou atrevida demais ou doida mesmo, mas vou falar dos 3 de uma só vez!

Não tive dúvidas ao escolher qual seria a primeira amostra que queria abrir: Eau de Shalimar. Começar do começo, era minha intenção!
Já conhecia sua fama de longa data – difícil não conhecer a fama da perfumaria Guerlain, especialmente quem ama perfumes! Às vezes me assustava com as descrições e às vezes a pulguinha da curiosidade ficava me fazendo coçar de vontade. Por isso precisamos ver para crer, em se tratando de perfumes nada é definitivo, nenhum ponto é ponto final.

O fato é que: me apaixonei. O cítrico não vem sozinho. Não é apenas um banho de limão! Ele vem chique, docinho, suculento: nunca provei e nem sei se existe, mas seria um Creme Brulee de Limão. Existe isso?
A partir do momento em que eu senti a baunilha, uma confortável baunilha, não deixei de sentir mais, e para mim foi o toque especial do perfume. Com uma fixação excelente, um talco que não me incomodou (e corro o risco de ser incomodada por eles, tenho um pouco de dificuldade com a maioria), me dá vontade de não terminar meu dia.

Aí você acha que está bem servida de perfume, e experimenta o Shalimar Parfum Initial. E entende aquela máxima “o que era bom ficou ainda melhor”.
O apaixonômetro foi lá em cima! Nitidamente mais trabalhado, mais completo, preenche todos os espaços olfativos, que você só percebe que o Eau de Shalimar não preenche quando o compara com o SPI. Relaciono-o a frio, romantismo, sofisticação, modernidade.

E por último, mas de modo algum menos importante: Shalimar Parfum Initial L’eau.
A versão suave do SPI tinha tudo mesmo para me ganhar, pois você enxerga a versão original em todo o tempo. Acho difícil gostar do SPI e não gostar da versão L’Eau. Claro, os que gostam da versão mais encorpada vão preferir o primeiro, mas não acredito que vão desgostar do segundo. Esta versão serviria, para mim, para substituir o SPI em tempos de altas temperaturas, pois o achei muito encorpado, muito quente para isso. Já as misturas do L’Eau o tornam mais acessível, mais fácil de ser assimilado, tanto de dia quanto à noite.

Em gráfico, o apaixonômetro mostraria isso:

Me apaixonei pelo Eau de Shalimar logo de cara, o amor dobrou no SPI e se manteve na versão L’Eau. Sacou?

Aqui estão as notas de cada um, com grifo naquelas que tem em comum:

Eau de Shalimar

Notas de saída: laranja, limão e bergamota
Coração: Rosa, Jasmin
Notas de fundo: Baunilha, Iris e âmbar

Shalimar Parfum Initial 

Notas de saída: laranja, limão, notas verdes
Coração: Vetiver, Iris, jasmin, patchouli, rosa
Notas de fundo: almíscar, fava tonka, baunilha, caramelo

Shalimar Parfum Initial L’Eau

Notas de saída: neroli, bergamota, grapefruit, laranja
Coração: rosa, fresia, jacinto, lírio, íris, jasmin
Notas de fundo: fava tonka, baunilha

Laranja, Rosa, Jasmin, Iris e baunilha são notas presentes em todos eles. Mas podem perceber que as notas tem sempre uma combinação que amarram um perfume ao outro, de modo que lembram que são da mesma família, tem o mesmo sangue, e a diferença entre eles se mostram na evolução. Isso depende da sua percepção, da sua pele, do seu clima.

Eu não tenho dificuldade em escolher a minha versão preferida no final desta resenha: a versão L’eau do Shalimar Parfum Initial seria minha escolha. Mesmo percebendo o encanto do SPI, percebo que eu usaria mais a versão L’Eau, por ser mais leve, mas ter a mesma alma.
Mas preciso frisar que os 3 são excelentes perfumes, e quando cito a minha preferência não tenho a intenção de diminuir nenhum deles, pelo contrário, se eu pudesse teria os 3 aqui comigo…

Quem já experimentou um desses perfumes, tem alguma coisa a dizer?