Conversa, Maternidade

Onde estão os pais?

04 set 2014 • por Luciana Vilela • 32 Comentários

Hoje o post é um desabafo de mãe. Se servir de alerta para pelo menos 1 pessoa já fico bem feliz…

Nas últimas semanas tem acontecido algumas coisas aqui em casa. Refletiu até nas minhas postagens aqui no blog, pois não andei tendo tempo nem cabeça direito…

Minha filha mais velha tem 7 anos, e tem sido bombardeada na escola: os colegas, da mesma idade, ensinaram todos os palavrões que existem no mundo, e contaram tudo sobre sexo do pior jeito possível para uma menina de 7 anos que ainda não tinha nenhum tipo de despertamento para o assunto.

Uma vantagem eu tenho: minha filha me conta tudo e pergunta tudo, e as coisas que andei escutando nas últimas semanas foram de arrepiar. Eu até já estava preparada para falar sobre o assunto com ela quando fosse necessário – e até já tinha respondido uma ou outra curiosidade normal da idade – mas o nível, aliás, o baixíssimo nível das coisas que ela andou ouvindo me impossibilitou totalmente de fazer as coisas do meu jeito.

Eu não tenho nem coragem de mencionar aqui, mas para vocês terem uma ideia pensem num conteúdo de filme pornográfico, ou desses programas de TV de baixo nível que tem todo tipo de palavrão e insinuações pornográficas que provavelmente no seu tempo de criança, principalmente com 7 anos, seus pais jamais deixaram que você visse (se você é do meu tempo, pois meus pais não deixavam naquela época).

pare o mundo que eu quero descer

 

Claro que eu já fui na escola, tive reunião com a diretora, professora, conversei com alguns pais, enfim, parti para a ação e fiz o que estava ao meu alcance, fora da minha casa.  E a escola também está fazendo sua parte, pois todos concordaram comigo que não é normal ouvir de crianças de 7 anos o tipo de baixaria que estamos ouvindo em casa. Mas minha ação e a ação da escola tem um alcance limitado, pois chega uma hora em que dependemos de outra ação: a dos outros pais. Toda essa confusão começou por causa de 2 crianças. Duas crianças conseguem inflamar uma sala inteira, ainda mais com um assunto tão cheio de novidades quanto esse, vocês podem imaginar. Descobrimos que elas tem tido acesso a programas de TV totalmente inapropriados para a idade, e tem acessado todo tipo de sites na internet. Imaginem o tipo de coisa que elas tem visto…

E aí, os pais que estão atentos à vida do filho, que controlam o que eles vêem na TV, que controlam o uso da internet, que ensinam, investem seu tempo, sofrem as consequências dos pais que não fazem nada disso.

 

quanto custa seu tempo

 

Não estou julgando, cada um sabe de suas necessidades e os motivos que fazem com que fiquem fora de casa o dia todo. Ultimamente eu tenho tido o privilégio de acompanhar melhor as minhas filhas e sei que esta não é a realidade da maioria das mulheres – mesmo que muitas delas não por necessidade, mas por escolha – mas alguma coisa precisa ser feita. Crianças não podem ser entregues à TV, internet, facebook, e a educação não pode ser delegada à escola. O papel dos pais é o maior e mais importante, e tem sido entregue a todas essas coisas e o resultado está aí. 

 

Há alguns meses, esta mesma filha chegou em casa me pedindo para ter um perfil no Facebook. Eu expliquei que não podia, que isso era coisa pra adultos. Ela contestou, dizendo que os colegas dela tinham. Mas como? Com 7 anos?

Eu expliquei que o site tem uma regra que diz que só pode se inscrever com 13 anos, no mínimo. No outro dia, ela voltou pra casa me contando que não tem problema, eu poderia inscrevê-la no Facebook sim, que os colegas dela mentiram a idade, e muitos deles tiveram seus perfis feitos pelos próprios pais.

Agora eu pergunto: você iria gostar que seu filho mentisse a você, dizendo que está na casa de um amigo estudando mas na verdade ele foi a uma festa que você havia proibido? Você quer confiar no seu filho, sabendo que pode confiar nas coisas que ele vai te contar no futuro?

Se você quer que seu filho seja sincero com você, como pode ensiná-lo que pode mentir a idade para obter um perfil no Facebook? Ah, isso é muito pouco, isso não tem importância? Comece por aí, nas pequenas coisas, e quando as grandes vierem ele não irá reconhecer a diferença entre uma coisa e outra.

As crianças não tem culpa de nada, pelo contrário, tem sido as vítimas. Os pais, cheios de boas intenções, querem dar o melhor, proporcionar as melhores viagens, dar os melhores brinquedos, pagar pelas melhores roupas, mas esquecem de que para usufruir de tudo isso precisam construir primeiro o menino, que é o pai do Homem, como disse Machado de Assis.

 

Quanto a mim, depois do susto, parti para a ação. No meu caso, que sou cristã, parti para a oração e ação: eu tenho certeza de que os princípios que passo para as minhas filhas não serão sufocados por tudo que elas aprenderem no mundo que vão enfrentar. Eu creio nisso pois foi esta a minha experiência, eu cresci vendo muitas coisas mas não participei delas. Mas sinto muito, muitíssimo, pelas crianças que não terão seus pais nessa empreitada. Tenho conversado muito com a Laura, tenho visto como ela tem reagido – algumas vezes me sinto orgulhosa, em outras, fracassada, mas essa montanha russa faz parte da arte de educar, já percebi – mas estou certa de que amor nunca é demais, e o tempo investido na minha filha terá um retorno no tempo certo.

Eu poderia estender este post, mas vou parar por aqui, precisava fazer este desabafo que também é um alerta. Aliás, estou enxergando toda essa situação como um alerta também, pois hoje certamente estou ainda mais atenta à minha filha do que estava há um mês, certamente. O estrago que já está feito, está feito, eu gostaria de ter tido o direito de ensinar esse assunto para ela do meu jeito, mas eu ainda tenho tempo e principalmente disposição para resolver essa situação da melhor maneira daqui pra frente. Eu só desejo, do fundo do coração, que as outras crianças também tenham esse privilégio de ter alguém por perto nesses momentos em que elas mais precisam…

 

 

 

 

 

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32 Comentários
  1. Patricia Pierazo   ///   04/09/2014 - 08H31

    Também tenho um filho de 7 anos e as vezes fico assustada com certos comentários dele. Esta difícil educar!

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H36

      Educar já é um desafio mesmo, Patrícia, mas está cada vez mais complicado. Mas não desista!!!

  2. Andrea Patrícia   ///   04/09/2014 - 08H56

    Concordo com você. Os pais tem que educar, a escola vem depois, a família vem primeiro. Se não houver a base em casa, tudo ficará mais difícil. Já ouvi coisas horríveis saídas das bocas de meninos dessa idade, 7 e 8 anos. Triste. Os pais deixam os filhos na rua até tarde (aqui na minha vizinhança é assim, mas não somente por aqui), deixam que vejam todo tipo de programa televisivo e mexam na internet sem controle. Onde estão esses pais? Pela minha experiência de vida percebo que muitos estão fora de casa por opção, não por necessidade. É triste, mas as crianças perdem muito com isso e também o país como Nação. Todos perdem no fim das contas. E o pior, perdem-se almas. Temos que rezar, orar e vigiar, como nos diz Nosso Senhor, porque os tempos são duros, duríssimos!

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H37

      Andrea, também acho que o mais importante pra criança ela aprende em casa. Aliás, escola é para adquirir conhecimento e ter a experiência da socialização, convivência com os colegas, mas educação mesmo é para os pais. Estamos cada vez mais dependentes de Deus para essa tarefa!

  3. Vanessa   ///   04/09/2014 - 09H44

    Lu, concordo com tudo que você disse!
    Também sou cristã e vejo a criação de filhos de uma maneira bem diferente do que o pessoal tem feito por aí. Sei que vai ter muita gente que vai ser contra o que você falou mas com certeza você está no caminho certo!
    Ainda não tenho filhos, mas quando os ter quero ser mãe em tempo integral, pra poder participar ativamente da educação deles.
    Continue orando e agindo pelas suas filhas, lembre-se sempre de Provérbios 22:6 : “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H41

      Vanessa, continue com essa ideia mesmo. Sei que muitas pessoas não podem pois dependem do trabalho para se sustentar, mas caso vc possa, é muito bom poder acompanhar de perto o crescimento dos filhos. Beijos e obrigada!!!

  4. Larissa Rehem   ///   04/09/2014 - 10H05

    Excelente texto Lu!
    Os pais precisam mesmo ficar atentos… essas coisas são complicadas, mas acho que é essencial saber ser duro quando necessário, mas também deixar sempre claro que é na mãe e no pai que o filho pode confiar, contar tudo e ser de fato amigos.
    Adorei a reflexão!

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H43

      Também acho que os pais devem ser amigos, Larissa, só não podem se esquecer de que continuam sendo pais. Muitas vezes o perigo está em querer ser amiguinho demais e passar a mão na cabeça do filho quando ele erra, em vez de corrigir. Vale refletir sobre isso também! Beijos

    • Lilian   ///   05/09/2014 - 10H30

      Acho interessante que muitos “educadores” ensinam os pais a serem amigos, só que amigo se encontra na esquina, no bar ou seja lá onde quiser. Ser pai e mãe é ter muitos adjetivos e é muito mais que amigo. Quando ensinam para o povão que é para ser amigo é no sentido de ouvir, estar presente, aconselhar e elevar a posição do filho um nível mais alto, mas o povo entende que é para os pais se “rebaixarem” ao nível dos filhos e acompanhar os mesmo nas imaturidades da idade. Realmente está muito triste a situação.

  5. Carol   ///   04/09/2014 - 11H11

    Lu,
    Também estou querendo descer!
    O mundo está demais; está difícil explicar as diferenças para nossos filhos!
    Vivemos um imediatismo doido!
    Estamos juntas!
    E bom saber que muitas mães também pensam como eu!
    Mas também acho que eles devem sempre contar conosco, mas mostrar que muito além de sermos amigos, primeiro somos pais!
    Bjo

    Ah, estou amando o perfume, kkkkk

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H46

      Também fico aliviada então em saber que outras mães pensam como eu, Carol. às vezes me sinto um ET!
      Que bom que está gostando do perfume. Não é chiquérrimo??? 😀

  6. Paula RB   ///   04/09/2014 - 11H47

    Luciana, oi…
    Coisa chata não é mesmo? Como Pedagoga e Educadora eu sei o quanto é laborioso e hercúleo a tarefa de educar.
    Saliento aqui que a maioria das vezes os profissionais de Ensino desconhecem o que seu alunado conversa no recreio ou nos intervalos de aulas, ficando, portanto, impossível atuar com ênfase quando surgem esses dilemas e temas.
    Se a Escola já se posicionou (e ficou chocada igualmente), tenha certeza que fará tudo que estiver ao alcance e é aí que o problema pode não ter solução.

    Tornar-se responsável pela educação dos filhos é tarefa que desgasta, aborrece e te coloca em uma montanha-russa, mas ter filhos é isso! Há os bons e deliciosos momentos e na grande maioria, momentos onde as dificuldades parecem sempre prevalecer.

    E Luciana, nem todos estão preparados para serem pais. Faze filho é a coisa mais fácil, interessante e prazerosa que há, mas o quem a seguir, que é formar um cidadão, um ser social educado, cônscio de suas responsabilidades para si e os outros é que vem a ser a verdadeira tarefa de educação e… sinceramente? conheci, nos anos que lecionei, pais que “tavam nem aí” para os filhos, que eram socializados -por assim colocar – pelos irmãos mais velhos (que igualmente não tiveram nada salutar em casa) ou por amigos de Condomínio. Absurdo não acha? Tristemente absurdo que filhos sirvam apenas para que esses pais mostrem à sociedade que são pessoas férteis. Só isso. Daí para queimar Índio, xingar pessoas negras, obesas e postar as maiores sandices criminosas na web é um pulinho.

    E quando a Escola e os profissionais de Ensino apontavam tais falhas a esses pais, as bravatas, os gritos, as altercações e até mesmos escaramuças (tive um Diretor de Escola que apanhou de um pai de aluno) surgem, como se a Escola ora tivesse obrigação de educar alunado naquilo que cabe aos pais, ora pela Escola ter “descoberto” que tipo de responsáveis estes eram com seus filhos.

    Para esse tipo de responsável vale mais a pena o caminho fácil na “educação” de seus filhos.
    Beijos mais e o que precisar, conta comigo.

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H49

      Vc falou uma coisa que me fez lembrar uma conversa que tive com meu marido outro dia: hoje em dia os pais se vêem em uma relação de consumo com a escola, e esquecem-se de que ela é uma instituição. Cobram seus direitos de consumidores como em uma loja de eletrodomésticos, e isso gera coisas absurdas, como não aceitar que o professor corrija seu filho na sala de aula, por exemplo. Eles se acham no direito de interferir na autoridade do professor porque estão pagando. Esquecem-se de que em vez de ajudar, estão prejudicando a criação do filho, que não sabe se submeter a autoridade de um professor, e não imagina que no futuro não irá se submeter a nenhuma outra. E aí, a sociedade vira o que estamos vendo aí…
      Eu te pergunto: tem jeito????
      Beijos e obrigada, Paula ♥

  7. Malú   ///   04/09/2014 - 01H23

    Oi Lu,

    Triste isto que tu conta, eis que vejo o que sempre conversei contigo…não deixo meu filho que irá completar em novembro 13 anos, ter facebook, e diariamente estou de viligância a tudo que ele faz e brinca com os amigos no computador. Além de conversas diárias, em todos os momentos e sempre somos (eu e meu esposo) um livro aberto a todas as dúvidas que ele possa ter. Pois desde os 6 anos quando entrou na escola, já tinha alertado ele de nossa perseguição por sermos cristãos, cremos no Senhor Jesus, como único Senhor e Salvador. E muitas guerras e batalhas ele já enfrentou por isso, mas vivemos pautados na palavra de Deus, e nunca deixo ele esmorecer, mesmo em momentos difícies de lutas grandiosas, tanto eu como meu esposo, estamos firmes com ele. Ele tem pouquíssimos amigos, digamos que ele tem apenas colegas, pois a fé que ele segue é por vezes condenada e debochada, até mesmo pela escola, que vire e mexe, temos que colocar até a diretora no lugar dela! Ele estuda em uma escola muito boa, mas também tem alunos que infelizmente tem pais que não estão “nem aí”, mas orientamos ele a se preciso for, aconselhar as crianças, e se não quiserem ouví-lo, bate a areia dos pés e siga em frente…..tua fé não pode esmorecer. Tudo ele conta, tira dúvidas, mas as regras são claras para ele, e ele vive fortemente a fé no Senhor Jesus, então quando vem tribulações, ele ora, manifesta sua fé, chora sim, mas Deus abranda o coração dele e ele vence. Depois da lágrima, vem o sorriso….e sempre a força de Deus. Aqui também é um desabafo de tua leitora que talvez até hoje tu não sabia que sou cristã. Mas além de viver 24 horas fazendo a vontade de Deus, sou a moda antiga, a moda de meus pais e crio ele assim, não é fácil, mas orando e clamando de todo o coração, todas as muralhas vão cair, podem demorar, mas venceremos com fé.
    Se caso, continuar prejudicando tua filha, essa escola, nem demore, troque de escola, tudo que possa contaminar nossos pequenos, devemos sim, repensar se vale ou não a pena continuar onde ela está. Talvez seja um recado de Deus para ti, querida.
    Que Deus te dê sabedoria, força, fé e paciência, iluminando teus pensamentos, fortalecendo tua alma, espírito e coração, para que possas instruir tuas pequenas da melhor e verdadeira realidade possível, e pautadas na palavra de Deus, que é nossa arma de guerra, para vencermos todos esses obstáculos que se formam diante de nós!

    Continue assim, firme e forte, tu irás vencer!

    Um beijo querida, se precisares de algo estou aqui.
    Malú

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H52

      OI Malu, sempre vejo que temos muito em comum, nossas ideias, nossa maneira de ver as coisas… somos das antigas mesmo. Não fiquei surpresa em saber que vc é cristão como eu, já até imaginava, sabia? Já pensamos em trocar de escola, mas depois vimos que seria trocar de problema. Estando em uma escola pequena é até mais fácil controlar, pois tem 2 crianças que causam confusão. Na escola maior, terão mais! O fato é que precisamos enfrentar, não tem jeito. Como disse, quem sabe foi até um alerta para sermos mais atentos do que já somos… mas se não fosse minha fé e confiança de que Deus está comigo eu não sei o que faria.
      Beijos!!!

  8. Roberta   ///   04/09/2014 - 01H46

    Lu, desde que diagnostiquei meu filho com TDAH e Asperger, escolhi nao trabalhar fora, nao foi facil e ainda nao é, financeiramente as vezes o bicho pega, mas foi uma escolha que acredito ter sido a mais acertada ( embora as pessoas ainda pensem que é moleza) , mas o fato é que tudo foi muito controlado, os filmes, os canais que podia assistir, mesmo ele dizendo que os amigos assistiam esse ou aquele, enfim, olha, nao é facil dizer nao, ir contra a mare, porque na boa, é tao mais facil ceder, mas mesmo com limitaçoes $$ acho que tem sido bem bom estar presente e impor alguns limites, besteira eles vao aprender mesmo, nao importa o qto evitamos, mas o importante é ensinar o momento certo que cabe a besteira, vc ta no caminho certo, acredite!!

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H55

      Oi Roberta,
      vivo o mesmo que vc então. Vir pra cá foi uma escolha e hoje vejo que foi acertada, pois em BH eu continuaria trabalhando muito como eu estava. Não tenho tido nem tempo de sentir falta do trabalho, pois continuo com a vida super corrida, mas pelo menos agora meus compromissos são todos com a minha família, e isso me traz uma alegria que não sei explicar. Também acho que vc tá no caminho certo, viu? Beijos!!!

  9. Camila Nunes   ///   04/09/2014 - 01H52

    Oi Lu,
    Caramba, que texto legal. Ainda não tenho filhos, e por isso apenas imagino sua sensação de impotência diante de uma situação dessas. É como disseram ali em cima, no mundo atual educar está dificil. São muitas interferências ao redor, e é preciso ter a cabeça muito no lugar para contornar certas coisas…
    Vi outro dia no Face uma mãe desabafando sobre um caso que aconteceu com a filha dela. Ela tbm era bem novinha, não me lembro a idade ao certo, porém já tinha um perfil. Dai uma “menina” que era atriz das Chiquititas a adicionou, e começou a chamar no chat, falando para ela ligar a camera, para ela ficar de pé para que “a olhasse bem” e que desse mais perfis de outras coleguinhas para que ela adicionasse. A mãe disse que sempre a supervisionava enquanto usava o site, e por este motivo conseguiu impedi-la de ligar a camera, mas dai eu pergunto: Será que se ela a menina não tivesse um perfil isso teria acontecido? Não é possivel supervisionar 24h por dia… o melhor é evitar certas situações enquanto elas não forem realmente necessárias.

    Beijo
    Camila

    http://www.sejabelissima.com.br

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 09H56

      As pessoas tem mania de achar que algumas coisas só acontecem com os outros, que estão lá longe, que são coisas de Jornal Nacional. Até o dia que a tragédia bate a sua porta, e infelizmente os pais não se dão conta do perigo que ronda a internet quando a pessoa, uma criança, não tem um pingo de maldade para lidar com ela. Beijos!

  10. Layla da Fonseca   ///   04/09/2014 - 02H43

    Olá minha querida Lu!
    Antigamente, quando era mais nova, não tinha essa noção do quanto algumas pessoas tem esse poder de inflamar os outros, mas fui crescendo e percebendo que isso acontece e muito. Lá no colégio, você vê e sabe de cada coisa, que às vezes, é difícil de acreditar, já que estamos em um ambiente educacional e espera-se sempre mais desse tipo de lugar. Apesar disso, tenho certeza que sua filha, por sua influência, deve ser uma criança maravilhosa e, mesmo ouvindo o que não deve de seus colegas, sabe distinguir as coisas 🙂
    Mil beijos, saúde e sucesso sempre.
    Layla da Fonseca | Coisa de Menina

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 10H02

      Eu espero que sim, Layla, de qualquer forma a hora de investir é agora. A influência da família e do que a criança aprende em casa deve mesmo ser maior do que o que ela vê na rua, por isso estou vendo que os pais andam falhando em construir um bom ambiente em casa. Beijos e obrigada, Layla!

  11. Paula   ///   04/09/2014 - 04H10

    Muito bom seu texto. Tenho um filho de 1 ano e meio e já estou me preparando, pois só o que ouço por aí são experiências como a que vc está vivendo. As coisas evoluíram muito e sem “freio” nenhum, infelizmente. Olhos muito abertos, sempre!

    bjosss

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 10H05

      Aproveite então que seu filho ainda está totalmente sob seu controle e vá construindo o melhor ambiente possível dentro de sua casa. E prepare-se mesmo, pois o que vem pela frente não é fácil, mas só vc que é mãe, junto com o pai, podem fazer com que ele seja uma boa pessoa em meio a esse mundo tão cruel. Beijos!!

  12. Amanda   ///   04/09/2014 - 07H58

    Lu parabéns!
    Está dificil uma mãe ser tão consciente hoje em dia e principalmente manifestar a sua opinião, pois parece que a grande maioria acha as coisas erradas (como perfil no face) a coisa mais linda do mundo.
    Eu trabalho no fórum com menor em confronto com a lei, que ao português claro, é o tal menor infrator.
    Passo toda semana com cada história terrível, mas no meu ponto de vista exceto algumas situações, a culpa é 98% dos pais.
    É mãe que não aguenta o filho e quer entrega-lo para o Estado, porque assim é mais fácil (leia-se menos trabalho). Joga anos de responsabilidade que não existiu como se o culpado fosse única e exclusivamente o adolescente ou como se a culpa fosse da lei e tudo mais.
    Ou então, outro tipo que me irrita, são aquelas que passam a mão na cabeça.
    Compra moto para um filho de 16 anos porque seus amigos tb tem…poxa vida, quando são responsabilizadas criminalmente por isso eu fico bem satisfeita, afinal de contas o que esperar de um jovem sem limite? Como uma mãe pode pensar que o seu filho tem direito de dirigir e colocar em risca todos ao seu redor, dirigindo sem pelo menos habilitação, porque apenas ele quer isso?
    Se as pessoas descobrissem o que hoje em dia por causa de facebook…é uma pior que a outra, porque aceitar e até mesmo fazer seu filho entrar nesse mundo de forma precoce por algo que ele nem imagina o que pode ser.
    Desculpa o desabafo, me empolguei, mas realmente o mundo está perdido!

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 10H07

      Vc falou uma coisa que eu já imaginava, Amanda, a maioria das vezes quem tem culpa são os pais mesmo, que só colocam o filho no mundo e mais nada. E não estamos falando de gente que não tem condições não, dos que são ricos também, viu? Não adianta colocar a culpa na condição social pois isso não depende de dinheiro! Beijos

  13. Ana C   ///   04/09/2014 - 09H33

    Caramba, que situação chata. Imagino a sua situação de impotência. O problema é que os pais têm dado tudo o que os filhos querem. As crianças bem pequenas às vezes têm smartphone e internet o dia todo à disposição para verem o que bem quiserem, sem qualquer supervisão dos pais. Eu sempre digo, internet trouxe muita coisa boa, mas muita coisa ruim também, e isso é uma das coisas ruins. Acho que a primeira vez que eu ouvi qualquer coisa a respeito tinha 7 anos também, mas foi de uma forma muuuuito leve, de uma amiga cuja mãe conversava bastante com ela e contava as coisas (de forma light e esclarecedora, claro). Daí acho até saudável, a criança maior saber que bebê não vem da cegonha e tal. Mas daí a ouvir baixaria antes que a mãe tenha a chance de conversar sobre o assunto com carinho? Não tá fácil mesmo… Bjs

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 10H08

      Eu também, Ana, comigo foi mais light. Somos de outra época, né? Mas vc falou bem, a sensação de impotência é terrível, pois vc vê que não adianta vc fazer o que acha certo porque depende da atuação do outro também. É aquele caso da pessoa que morre no trânsito dirigindo certinho mas é atingido pelo carro que vem na contra mão.
      Beijos!

  14. Nielma Ribeiro   ///   05/09/2014 - 01H57

    Muito triste isso Lu. Não tenho filhos, mas já escutei cada coisa de pessoas que trabalham comigo. Uma delas fez o mesmo que você, foi na escola e buscou conversar com os pais de uma “amiguinha” que tinha segurado a filha dela a força para um rapaz beijar. E o pior foi que a mãe da menina nem ligou, disse que era assim mesmo, que as crianças tinham mais era que beijar e curtir a vida. A filha da minha colega de trabalho ficou traumatizada. Vejo que falta muita educação dos pais, afeto e looongaas conversas com os filhos.

    • Mulher Sem Photoshop   ///   05/09/2014 - 10H10

      Olha só que coisa horrível, Nielma! Sabe que esse é um medo que eu tenho? Antigamente tinhamos medo de estupro nas ruas, mas hoje temos medo dessas coisas na escola, na casa do colega, do vizinho… como lidar com isso, gente? Beijos!

  15. Ju Verly   ///   05/09/2014 - 10H38

    Lu, fico de cabelo em pé quando escuto isso, especialmente vendo isso dentro da minha própria família!
    Isso é o que mais me desanima de ter filhos, inclusive… Mas sempre penso em algo que você mesma me falou há muito tempo e que é a única coisa que me faz pensar que ter filhos nos dias atuais ainda vale a pena: o mundo mudou e está complicado demais criar filhos nele, mas a palavra de Deus para os pais não muda. Você se lembra disso? Sempre penso nessa frase que você me disse e acho que posso lembrá-la disso nessa hora.
    Imagino que deve ser muito difícil passar por tudo isso com uma criança de 7 anos, mas a minha única esperança é confiança de que podemos ter de ensinar a criança no caminho certo, para que ela não se desvie dele quando crescer.
    E o único caminho é a verdade de Deus para vida do ser humano…
    Não desanime nessa caminhada e nunca abra mão de ensinar as meninas nesse caminho.
    Beijos!

  16. Lilian   ///   05/09/2014 - 10H41

    Oi tudo bem?
    Quem bom que vc está chocada com tudo isso e não se conforma com o mundo, afinal, quem tem princípios está cada vez mais tendo que se esforçar.
    Aprendi em uma escola de pais que teve na igreja que a primeira atitude que devemos ter diante dos filhos é a naturalidade, não demonstrar de que isso te quebrou inteira por dentro, é essa atitude que sua filha vai guardar no subconsciente dela, a naturalidade desse assunto. Tente se acalmar e mostrar para ela que que existem famílias diferentes e que muitas não possem o amor que há no seu lar, que essas crianças muitas vezes são dignas de pena porque ou não possuem uma educação cristã com amor e respeito ou são tratadas da mesma forma que externam. Se uma criança é tratada aos coices, é isso que aprendeu como “normal” e vai tratar os outros com coices. Temos que tratar as nossas crianças para enfrentarem o mundo da melhor forma possível porque descer….infelizmente não vai ser possível. Felizmente vc está fazendo o correto porque está deixando a escola ciente e principalmente deixando Deus ciente da sua posição e ore sempre pelos colegas, sendo bons ou não, pelas professores, amigos e etc e que os ouvidos, coração, pensamento e olhos das suas filhas sintam tudo que o Espirito Santo aprovar. Aprendi que a rebeldia é um grito de socorro. Beijos.

  17. eve   ///   11/09/2014 - 02H48

    hora de mudar para uma escola adventista. cresci em uma e tenho a minha mãe sendo professora na rede até hoje. é um investimento pra vida. esse tipo de atitude jamais seria tolerado. não dá pra ficar dando bobeira em colégio laico. o negócio é realmente manter nossos filhos em colégios crsitãos. o resto, é resto.

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